Diferentemente da tecnologia LED, que não possui componentes tóxicos, algumas lâmpadas apresentam agentes inflamáveis e corrosivos. Itens extremamente perigosos para a saúde e para o meio ambiente, ainda mais se o produto estiver quebrado na hora de jogar fora. Por isso, é tão importante tomar alguns cuidados com o descarte de lâmpadas.
Além do vidro, as lâmpadas, principalmente as mais antigas, como as incandescentes e as fluorescentes, têm em sua composição diversos metais pesados, como o mercúrio. E, esses químicos podem contaminar rios e nascentes, comprometendo a vida marinha e terrestre.
Dessa forma, a recomendação é que nenhuma lâmpada siga para o lixo comum. Ainda mais que pode acabar machucando a equipe que realiza a coleta. Por isso, o ideal é separá-las de todos os outros materiais que também estão destinados ao descarte.
No entanto, no Brasil, ainda são limitadas as alternativas para encaminhamento das lâmpadas. Uma opção, sem agredir o meio ambiente, é procurar os pontos de coleta. Algumas cidades contam também com empresas especializadas em descarte ecológico. Uma outra alternativa, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é o retorno às empresas fabricantes ou aos comerciantes.
Descarte de Lâmpadas na iluminação pública
O Brasil produz cerca de 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). No entanto, apenas cerca de 4% desse total é reutilizado.
É justamente aí que se destaca o trabalho da Logística Reversa. Uma forma de pensar o gerenciamento de resíduos e a reciclagem, com foco em sustentabilidade ambiental e econômica. Sendo que, isso inclui os descartes do sistema de iluminação pública. Como, por exemplo, antigas luminárias em alumínio e as tradicionais lâmpadas de vapor de sódio ou de mercúrio, que possuem elementos químicos tóxicos.
Modernização da iluminação pública
Uma possibilidade mais sustentável é a substituição por luminárias com tecnologia LED. Essa tecnologia oferece, principalmente, melhor eficiência luminosa em relação ao consumo. Porém, essa substituição em massa gera a necessidade de um mapeamento de todo o processo para gestão desses resíduos. Assim como formas de viabilizar a logística reversa junto a fornecedores e fabricantes.
O objetivo da logística reversa é o de recuperar valor em produtos e materiais descartados, trazendo-os de volta ao ciclo produtivo. Sendo tanto para o reuso, quanto para reciclagem, redução ou até mesmo descontaminação. Aplicando, assim, a destinação final dos resíduos de maneira segura e ambientalmente correta.
Exemplo disso é o trabalho realizado pela Qluz. Concessionária responsável pela execução dos serviços de iluminação pública em Palhoça (SC) desde maio de 2020, via Parceria Público Privada (PPP) com a Prefeitura.
Hoje o município tem 100% do seu sistema em LED e com telegestão. Os mais de 27 mil pontos contam com o monitoramento remoto do parque em tempo real. O que permite detectar e resolver falhas de forma mais ágil e eficaz.
Todo o material recolhido segue um protocolo rígido, com armazenamento em local específico, de acordo com as normativas ambientais vigentes. Cuidados para que uma empresa especializada credenciada pela reciclagem pudesse recolher e emitir um certificado de descontaminação assinado por profissional capacitado.