A iluminação pública é um dos serviços mais importantes para o dia a dia da população. Sem ela, seria inimaginável manter nosso estilo de vida contemporâneo, em que a luz natural não dita mais o horário de trabalhar, estudar e passear, enfim, de transitar pelas ruas. No entanto, será que isso se resume em somente distribuir lâmpadas pelas vias? Não mesmo, é preciso seguir critérios.
Há inúmeros fatores que devem ser levados em conta para promover uma iluminação capaz de fornecer visão privilegiada para pedestres e motoristas. Avaliações técnicas são indispensáveis para garantir conforto, bem como segurança física, patrimonial e de trânsito.
Entre os itens mais importantes a serem observados nos projetos estão: escolha das luminárias e de sua temperatura de cor, distância entre postes e altura de montagem. Porém, é justamente nesses pontos que mais ocorrem falhas de projeção. Fique com a gente e descubra os quatro erros mais comuns na iluminação pública!
Altura de montagem
Ao desenvolver o projeto luminotécnico, os especialistas realizam várias análises e uma delas é a altura de montagem. Este estudo é muito importante, pois, o mau dimensionamento pode prejudicar bastante a qualidade luminosa.
Veja bem, a implantação de um sistema de iluminação requer avaliação de muitos quesitos. Antes de mais nada, é preciso saber a vocação de uso da área a ser iluminada. Depois, é preciso definir a potência, tensão de trabalho, altura dos postes, eficácia luminosa, o ângulo de abertura ideal para a instalação, entre outros.
Nesse sentido, é vital calcular adequadamente a altura de instalação de luminárias e refletores. Isso traz como benefício o melhor aproveitamento da luz emitida e influi diretamente na qualidade e conforto visual.
A instalação de luminárias em elevação inadequada deixa parte do espaço com iluminação deficiente, afetando diretamente a sensação de segurança. Uma utilidade importante da luz é evitar acidentes em desníveis de calçadas, por exemplo. Logo, a altura de montagem deve receber atenção nos projetos luminotécnicos.
Distância entre os postes
Erros na projeção de distância entre postes costumam afetar a eficiência do sistema de iluminação pública. Por isso, as normas determinam o distanciamento ideal para garantir o melhor rendimento.
De modo geral, o vão médio entre os postes deve ser entre 35 metros e 40 metros nas vias públicas. No entanto, há exceções, como as áreas comerciais, por exemplo, onde a estrutura pode ser dividida por um vão médio menor. O mesmo é aceito nas curvas, por ser normalmente os pontos mais arriscados e de difícil manobra nas vias. Essa diferenciação também visa evitar que os cabos condutores passem sob propriedades nesses pontos.
Além do projeto, visitas in loco são importantes para verificar se realmente é possível a instalação do poste no ponto planejado. Ele não deve atrapalhar o passeio de pedestre e, sobretudo, a acessibilidade de idosos e pessoas com deficiência.
No caso da existência de árvores nos pontos previamente definidos, deve-se ajustar a instalação mantendo uma distância de cinco metros delas.
Temperatura de cor errada
No que diz respeito a temperatura da cor, a luz emitida por uma luminária pode causar sensação de aconchego ou de concentração. Dessa forma, a avaliação desse quesito em um projeto luminotécnico é fundamental.
Primeiro, é preciso questionar: o que se espera numa iluminação pública das vias? Despertar a atenção do pedestre e do motorista, não é mesmo? Sendo assim, o ideal é o uso de cores frias, porque elas estão relacionadas à emissão de luz branca, que despertam o estado de alerta.
Por sua vez, as cores quentes produzem luminosidade amarelada e tornam os ambientes mais aconchegantes. Elas estão associadas ao relaxamento. Desse modo, podem até ser interessantes para alguns destaques em projetos de parques e outras áreas de lazer. No entanto, para ruas e rodovias, é um erro preferir lâmpadas amareladas às brancas.
Luminárias inapropriadas
Um dos erros mais impactantes é a escolha inapropriada de luminárias. Isso reflete na eficiência energética do sistema e meio ambiente. Embora as lâmpadas de descarga ainda sejam encontradas em parques de iluminação pública, a orientação de especialistas e entidades é substituí-las por luminárias em LED.
Inclusive, a superioridade do LED é atestada pela NBR 5101/2018 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estipula os requisitos para iluminação de vias públicas. Segundo a norma, o LED é a tecnologia mais apropriada para oferecer iluminação de qualidade, com economia e sustentabilidade, entre outras vantagens. Listaremos os principais benefícios a seguir!
- Eficiência energética: o LED dissipa pouquíssimo calor no processo de conversão de energia elétrica para luz. Por isso, a economia pode superar 60%.
- Sustentabilidade: como as luminárias em LED são mais eficientes, contribuem para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Além disso, é uma tecnologia não poluente, diferente das antecessoras que possuem gases tóxicos.
- Qualidade visual: as luminárias em LED são mais nítidas. Isso porque emitem luz branca e focal, que desperta maior atenção, diferente da lâmpada de sódio, que é amarelada. O LED também proporciona maior fidelidade das cores .
- Durabilidade: a tecnologia LED possui longa vida útil. Há luminárias LED no mercado, certificadas pelo Inmetro, com mais de 70 mil horas de durabilidade.
LED como solução
Cabe destacar que o LED é superior em todos os quesitos na comparação com as lâmpadas de vapor. Diferente das outras, o LED possibilita a introdução da telegestão, o que permite a identificação de falhas no sistema de iluminação pública em tempo real, possibilitando resolução rápida.
Enfim, viu como os quatro erros citados podem atrapalhar a qualidade da iluminação pública prestada? Assim, apostar nos melhores equipamentos e equipe qualificada para elaboração e execução dos projetos luminotécnicos é imprescindível. Esses cuidados proporcionarão aos moradores segurança e uma experiência urbana agradável!