De acordo com estudo realizado pelo Banco Mundial, a iluminação pública representa mais de 4% do consumo total de energia do Brasil. Sendo que, o gasto com energia elétrica é o segundo item orçamentário de grande parte dos municípios brasileiros, superado apenas pelos gastos com folha de pagamento. Sendo assim, as prefeituras têm buscado estratégias para gerenciar os parques de maneira inteligente e com eficiência energética na iluminação pública.
Mas você sabe o que isso significa na prática? A eficiência energética é uma atividade que procura melhorar o uso das fontes de energia. O que nos lembra muito sobre produtividade e a procura do melhor uso possível dos recursos que temos, sejam eles tempo, dinheiro, matéria-prima ou, nesse caso, energia.
Além disso, a eficiência energética é basicamente uma das estratégias usadas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. Ou seja, ajuda a frear o aumento do aquecimento global. Contudo, essa não é a única vantagem.
São tantos pontos positivos, que as grandes cidades estão percebendo essa necessidade de mudança não só como um compromisso com o meio ambiente, mas também com a economia dos cofres públicos. E, dessa forma, têm buscado um novo jeito de produzir mais gastando menos recursos, gerando menos desperdício e menos danos à natureza.
LED como solução para eficiência energética
Para tornar as regiões mais atrativas e seguras, as Prefeituras já aderiram ao uso das lâmpadas de LED que possuem uma eficiência luminosa muito superior às antigas. O modelo proporciona, em média, 50% de economia no consumo de energia, mais conforto e melhor percepção visual devido à emissão de luz branca e boa reprodução de cores.
A eficientização energética entrega maior luminosidade com menos custo. Em outras palavras, as lâmpadas LED emitem luz branca com índice de 70% da percepção das cores, contra 30% das lâmpadas comuns. Desta forma, ampliam a visibilidade, consomem menos energia elétrica do que as lâmpadas tradicionais e duram cerca de cinco vezes mais.
Além disso, esse tipo de instalação reduz os custos de manutenção em função da vida útil elevada. Cenário que, consequentemente, gera menos interferência nas vias para manutenção. O que contribui para a mobilidade urbana da cidade e, principalmente, para a preservação do meio ambiente.
Benefícios na prática
Iluminação pública e eficiência energética são conceitos que estão interligados, principalmente quando se fala em Smart Cities. A modernização com luminárias em LED é essencial para a introdução do monitoramento remoto nos parques de iluminação pública. Esse processo, além de contribuir para o uso racional de energia, é a porta de entrada para um município seguir a rota das cidades inteligentes.
Um bom exemplo disso vem da Pallhoça (SC). Hoje ela ostenta o título de primeira cidade do Brasil com iluminação pública 100% em LED e com telegestão. Tudo isso sob o comando do Consórcio Qluz, criado pela Quantum Engenharia e responsável pela execução dos serviços no município desde maio de 2020
Seus mais de 27 mil pontos de iluminação contam com o monitoramento remoto do parque em tempo real. Tecnologia que permite detectar e resolver falhas de forma mais ágil e eficaz. Sendo que isso gera uma economia com eficiência energética, redução de estoques e custos de manutenção com equipes e serviços.
Atualmente o projeto tem apresentado uma economia média mensal de 63% aos cofres públicos, por exemplo. Além de oferecer ruas e praças mais seguras, contribuir com o meio ambiente e ser um dos principais requisitos para a cidade se transformar em uma smart city.