A tecnologia na iluminação pública vem sendo a porta de entrada para colocar municípios no rol das CHICS (Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis). E por quê?
Há dois motivos: é fundamental para o conforto e segurança dos moradores, e por conta das crescentes soluções desenvolvidas. Nesse sentido, a principal delas é a telegestão. Nada foi tão inovador desde que a lâmpada elétrica foi inventada! Com esse sistema é possível verificar de forma remota se uma luminária queimou entre diversas outras soluções.
Agora, para tratarmos do papel da iluminação pública, antes de mais nada é importante compreendermos de modo mais abrangente o que são as CHICS. Para isso, usaremos como base o livro “O futuro é das CHICS: Como construir agora as Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis”. O material foi lançado no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis (IBCIHS).
Foco na Felicidade Interna Bruta
Numa CHICS, mais importante até que o PIB, é a Felicidade Interna Bruta, termo cunhado no livro da IBCIHS. Em outras palavras, é a inovação em benefício da qualidade de vida e do bem-estar. Desse modo, uma smart city tem ligação com a tecnologia, mas não se encerra nela. Portanto, não pode ser confundida com cidade digital.
Podemos dizer que o modelo fomenta inovações para desenvolver serviços e infraestrutura pública de forma integrada, em prol da qualidade de vida das pessoas, de maneira sustentável, em um ecossistema criativo.
De forma mais abrangente, é a gestão integrada de cinco áreas: as pessoas, o subsolo, o solo, a infraestrutura tecnológica e as plataformas (internet das coisas, bigdata e Inteligência artificial). Por isso, as soluções dependem da conexão entre cidadão, governo e iniciativa privada.
O exemplo de Palhoça
Como uma cidade pode se tornar mais inteligente? Vamos dar um exemplo de Palhoça, que se projeta para conquistar o título de CHICS.
A partir do programa Palhoça + Eficiente, o município aposta em parcerias público-privadas (PPPs) para alocar soluções inovadoras e eficientes na infraestrutura e nos serviços públicos. E a primeira melhoria foi justamente modernizar a iluminação pública. Decisão certeira!
Em síntese, porque uma das infraestruturas mais importantes é a iluminação pública eficiente. Isso porque ela gera segurança, economia para os cofres públicos, sustentabilidade, sensação de segurança e anima mais a população. Isso mesmo, a falta de claridade afeta o humor, e uma cidade inteligente foca no bem-estar dos cidadãos.
Expertise para as melhores soluções
Hoje a tecnologia em iluminação pública permite alcançar esses benefícios com a soma de duas soluções: a troca de lâmpadas de vapor por de LED assim como a implantação de um sistema de gerenciamento remoto.
Estas são expertises que nosso consórcio, formado pela Quantum Engenharia e Exati Tecnologia, possui e que oferece desde maio de 2020 ao município. Afinal, uma cidade inteligente requer uma iluminação inteligente!
Lâmpadas LED, boas para o bolso e para o meio ambiente
Bem, em oito meses de concessão, já trocamos mais de 5 mil luminárias convencionais por de LED. Mas é só o começo! Já que todos os 26.845 pontos do parque de iluminação pública serão substituídos. Perceba, essa demanda é muito importante porque as lâmpadas de vapor de sódio possui metais pesados , enquanto as LED são limpas.
Além disso, a luz branca é mais nítida, dura seis vezes mais e gera economia superior a 50% na fatura de energia. Isso pode ajudar até mesmo a reduzir a taxa cobrada da população, não é mesmo?
Mas, sem dúvidas, a grande virada tecnológica para uma iluminação pública inteligente veio com a telegestão. Uma infraestrutura que possibilita a implantação da Internet das Coisas (IoT) nas cidades. Isto é, controla de forma inteligente a iluminação, juntamente com outros serviços públicos. Logo, o sistema permite:
- gerenciar o acendimento das luminárias em tempo real ou por agendamento de horários
- regular a intensidade da luz
- detectar problemas, como falhas elétricas ou lâmpadas queimadas
- realizar medições, como tensão e corrente
- prever manutenções com base na coleta de dados.
Em Palhoça, vamos implantar durante nossa concessão a ferramenta para controlar de forma remota a rede de iluminação pública. Para tanto, também montaremos um Centro de Controle Operacional (CCO) para gerenciar as demandas.
Assim, o CCO contará com data centers, central de atendimento à população, equipamentos de comunicação e telas gigantes “Video Wall” para exibir os pontos de iluminação.
A aposta da maior smart city do mundo na gestão remota
Como dito antes, a telegestão de iluminação pública é a porta de entrada para soluções inteligentes. Veja o exemplo Londres, que figura no topo do mundo pelo terceiro ano consecutivo, conforme a Cities in Motion, índice do IESE Business School.
A capital da Inglaterra foi uma das primeiras a apostar em tecnologia na iluminação pública. Se no começo, a plataforma gerenciava exclusivamente essa área, hoje os postes também fornecem rede, sensores de qualidade de ar e pontos de carregamento de veículos elétricos. Parece muito avançado para realidade brasileira?
Seguimos nessa direção, pois é o caminho das cidades que criam condições para um ecossistema criativo e apostam em parcerias público-privadas com empresas em constante inovação. Enfim, a tendência é que a tecnologia na iluminação pública se desenvolva mais e mais para oferecer as melhores facilidades à vida dos cidadãos.